Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEG-M) foi criado em 2015 pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo para medir a eficiência das 644 prefeituras do Estado. Logo foi amplamente disponibilizado aos Tribunais de Contas pelo Instituto Rui Barbosa e acatado em todo o território nacional. O Indicador pretende avaliar e divulgar aos cidadãos a eficiência das políticas públicas municipais nos setores da saúde, planejamento, educação, gestão fiscal, proteção aos cidadãos, meio ambiente e governança em tecnologia da informação.
Os
dados são encontrados facilmente no Google, mas quem procura informações
relacionadas aos 144 municípios do Pará não encontra nada. Nem mesmo no site do
Tribunal de Contas do Estado do Pará, uma vez produzidos pelo Tribunal de
Contas dos Municípios. Aliás, o Pará se mostra deveras preocupado com a
transparência da gestão pública, pois mantém, além do TCE o TCM, que têm
atribuições muito parecidas, o que se repete apenas em mais dois Estados do
Brasil - Bahia e Goiás. Mesmo assim, não é possível encontrar o Índice de
Efetividade da Gestão Municipal dos municípios nem no TCM
Luz no fim do túnel
No
universo da internet, se a busca continuar, encontra-se uma pauta da Câmara de
Vereadores de Belém correspondente à primeira sessão ordinária do dia 21 de
fevereiro deste ano. Segundo o Ofício Circular nº 009/2023/CG, o TCM
encaminha para conhecimento da Casa cópia do Relatório do Levantamento de
Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEGM-2021.
Eureka!
Há, enfim, um caminho para mostrar a qualidade da gestão dos municípios
paraenses. A verdade é que qualquer cidadão minimamente alfabetizado
digitalmente pode acessar os dados nos sites de transparência, mas,
infelizmente, os responsáveis pelo relatório não facilitam o acesso, como exige
a Lei da Transparência
Classificação da gestão
O
IEGM atribui notas para os municípios e classifica sua gestão dos recursos da
seguinte forma:
A -
Gestão Altamente efetiva - os municípios que têm IEGM maior que 90% e, no
mínimo, 5 dos 7 índices com nota A
B+ -
Gestão Muito Efetiva - os municípios que têm IEGM entre 75% e 89,9%
B -
Gestão Efetiva - municípios que têm IEGM entre 60% e 74,9%
C+ -
Gestão em fase de adequação - municípios que têm IEGM entre 50% e 59,9%
C -
Gestão em baixo nível de adequação - municípios que têm IEGM menor que 50%
Basta
uma leitura rápida no relatório de 2021 - isso mesmo: não foi publicado nenhum
mais recente - para entender o motivo desse importante estudo ter ficado em
segredo. A começar pela “agilidade” dos órgãos envolvidos, típica dos serviços
públicos negativamente icônicos: a avaliação começou em 2021, foi homologada
pelo TCM em 2023 e chega à Câmara Municipal de Belém em fevereiro de 2024. Ou
seja, os dados têm, no mínimo, 3 anos de atraso. Veja os números.
Apenas
dois municípios paraenses obtiveram nota C+ - em adequação -, nota máxima de
59,9%. Se fosse na escola, estariam em recuperação, pois não atingiriam a nota
6,0. São D. Eliseu (52,95%) e Augusto Corrêa (52,55%).
Todos
os demais 142 municípios do Pará têm nota C - Gestão em baixo nível de
adequação-, ou seja, são mal geridos, com nota menor que 50%, portanto,
reprovados na escola da administração pública para a qual foram eleitos.
Os 12 mais, mais
Agora
veja a análise da situação dos municípios mais importantes de cada uma das 12
regiões do Pará, os que poderiam ser chamados de capitais regionais, critério
que envolve 28 municípios polarizadores. Os números:
Belém desconfortável
Para
quem conhece, não é surpresa, mas é decepcionante que Parauapebas seja a pior
nota dentre as 28 cidades mais importantes do Pará e a 6ª pior nota do Estado,
ganhando apenas de Sapucaia, Bagre, Santo Antônio do Tauá e Terra Alta,
municípios que sobrevivem quase que exclusivamente de FPM.
A
capital, Belém - 41,6-, ocupa a nada honrosa 8ª posição, sendo o cérebro do
Estado e a principal fornecedora de serviços. Atrás de Bannach, Limoeiro do
Ajuru, Chaves e Afuá, ocupa a 40ª posição.
Papo Reto
O
prefeito de Ananindeua, Daniel Santos (foto), comandou a inauguração do Parque
Maguari, ontem, reunindo centenas de pessoas, e repetiu recados enviados
anteriormente ao governador Helder Barbalho, por quem se sente “perseguido”.
Observadores
da cena avaliam que “Daniel pegou leve”, diante do que considera ataques “à sua
família e à Ananindeua”, e que não vai “jogar sequer uma bola de papel no
governador". Reagirá com resiliência e não haverá provas de que o litígio
teve alguma motivação.
Aliás,
acrescenta uma fonte da coluna, quando perguntado sobre a crise com Helder, o
prefeito responde: “que crise? Estamos trabalhando. Não existe crise”.
O
ex-deputado Wlad Costa esteve no bairro do Aurá, ontem, cumprindo uma promessa
feita a um “colega de cela” chamado Márcio. Preso há 18 anos, Márcio disse a
Wlad estar preocupado com a educação de uma sobrinha de 9 anos de idade.
A
visita à residência dos familiares da menina foi justamente para entregar um
tablet, segundo a promessa feita ao colega de cela por Wald, que não cansa de
exibir o que chama de “wi-fi” na canela direita.
Alvo
de cobiça no Pará e em meio a uma crise financeira, a BBF anuncia investimento
bilionário na expansão da cultura de palma na Bahia.
Vítima
de sucessivas ações de esbulho de propriedade na região de Acará, o grupo
também se encontra no meio de um jogo envolvendo um conhecido advogado e dois
políticos que estariam fomentando a crise na tentativa de derrubar o valor de
mercado com a intenção de comprar a empresa e preço de banana.
Além
de vacinas contra covid, dengue, gripe, febre amarela, poliomielite e
sarampo, substâncias como a insulina e o antiviral Abacavir, também
ficarão isentas de imposto o citrato de Sildenafila, usado para tratar
disfunções eréteis.
Anatel
vai "pegar pesado" contra empresas que fazem ligações telefônicas
abusivas, aumentando de três para seis segundos o tempo mínimo para uma chamada
poder ser considerada curta.
Quem
não obedecer a nova regra - diz que - vai ganhar bloqueio por 15 dias e multa
de até R$ 50 milhões.
|